Enfim, a vida como deve ser
Posso ler Drummond, Neruda, Pessoa; assistir ao Almodóvar, ao Bertolucci, ao Jeunet; ouvir Sinatra, Cazuza, Chico; posso lambuzar-me com todos os sentimentos provocados pela arte. Mas eles serão insossos. Serão ínfimos e superficiais.
Sobrevivi e transbordei em esperança.
Não quero impedir que meus medos se expressem, quero enfrentá-los.
Não quero deixar de lhe dizer as angústias de uma amizade recente.
Não quero perder a naturalidade por causa da insegurança do amor.
Não quero ser mal compreendida pela honestidade ingênua.
Hoje é tudo que desejo.
É a única vitória; o único fracasso.
Recuperei a alegria de despertar.
Mas ainda preciso do seu olhar e da próxima oportunidade.
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