Eu já vou embora. Só preciso de mais um gole.
Eu disse isso umas semanas atrás. Jurei pra mim mesma que estava no comando. Tinha certeza do contrário, mas convencer a si mesmo é sempre mais excitante. Continuei procurando pelo fim. Incessantemente. E nada acontecia. Eu sentia e queria sentir mais, ainda mais, queria ultrapassar aquela outra noite, queria perder o controle. E nada.
Tudo contribuiu para que eu quebrasse a minha promessa. Seu olhar chegou antes de você e já me avisou: “Vai acontecer”. Adianta negar? Dizer que eu não pretendia é pior. Foi interessante a forma como enganamos a nós mesmos. Conversamos. Fingimos como antigamente. Tocamos os nossos pontos máximos. Trouxemos de volta as pessoas que se conheciam.
E você não resistiu. Essa é a melhor parte. Você ter perdido o controle antes de mim, ou seja, eu ter controlado a sua vontade primeiro; isso não tem preço. Afundamos no momento presente, trancamos a porta do tempo e decidimos que ali estava bom. Mas eu não joguei fora o cadeado e você pediu a chave.
Até o céu teve medo de testemunhar os nossos impulsos e nos roubou as estrelas. Mas e daí? Elas já nos pertencem. Ri. Ri muito e de todas as formas. Ri de dor, de alegria, de medo e desespero; ri de vontade, ri de mentira, ri de êxtase e de saudade. Segui seus passos até em casa e o pus pra dormir. Seus olhos fechados me contaram o que eu precisava sentir. E me fizeram querer mais. Novamente, mais.
Eu havia me reencontrado e provado serem verdadeiras as minhas mais impossíveis imaginações. Talvez seja tudo uma brincadeira. Talvez isso seja apenas uma lembrança do que esquecemos. Disseram-me que a vida tatua em nossa alma cada experiência, e que cada pessoa derrama em nós um pouco da sua essência. É nisso que eu confio. No perfume que eu derramei na gente. E que você também.
Conformada? Você sabe que não. E isso o assusta. Não tente disfarçar. Eu sei mais da sua vida do que você. Eu sou parte do seu futuro, pode aproveitar o seu agora. Ele não me interessa. Eu deixo pra ela. Parecida comigo, não? Obrigada. Mas não suporto comparações, odeio pior ou melhor, sou adepta do diferente. É mais saudável. Afinal, eu sou única, e a única que pode o surpreender de repente. Ainda não é hora.
Quer saber quem é ele? Ou melhor, quem é você? Ou ele? Desculpe-me, isso é necessário. Um dia eu conto a verdade. Só mais um gole. Foram tantos e eles nem conseguiram me fazer fugir. Você se lembra. E isso basta. Sabe por quê? Porque eu já estou aí dentro. Não importa o lugar ou quando. Eu já estou misturada a você. Não estou falando de pele. Deixo isso pra ela por enquanto. Falo de tudo, de vida, de espírito e sentimento. Eu estou em você.
Um pedido. Nunca se abandone. Você é muito para continuar fingindo. Seja de verdade, de carne, osso, pensamento e coração. Não toque a mediocridade. Não se importe com as dores, elas são suas amigas. Confie. Não olhe para trás. Minta para os seus medos. Aproveite as estrelas, elas podem ficar distantes um dia. E então faremos um filme.
Tudo contribuiu para que eu quebrasse a minha promessa. Seu olhar chegou antes de você e já me avisou: “Vai acontecer”. Adianta negar? Dizer que eu não pretendia é pior. Foi interessante a forma como enganamos a nós mesmos. Conversamos. Fingimos como antigamente. Tocamos os nossos pontos máximos. Trouxemos de volta as pessoas que se conheciam.
E você não resistiu. Essa é a melhor parte. Você ter perdido o controle antes de mim, ou seja, eu ter controlado a sua vontade primeiro; isso não tem preço. Afundamos no momento presente, trancamos a porta do tempo e decidimos que ali estava bom. Mas eu não joguei fora o cadeado e você pediu a chave.
Até o céu teve medo de testemunhar os nossos impulsos e nos roubou as estrelas. Mas e daí? Elas já nos pertencem. Ri. Ri muito e de todas as formas. Ri de dor, de alegria, de medo e desespero; ri de vontade, ri de mentira, ri de êxtase e de saudade. Segui seus passos até em casa e o pus pra dormir. Seus olhos fechados me contaram o que eu precisava sentir. E me fizeram querer mais. Novamente, mais.
Eu havia me reencontrado e provado serem verdadeiras as minhas mais impossíveis imaginações. Talvez seja tudo uma brincadeira. Talvez isso seja apenas uma lembrança do que esquecemos. Disseram-me que a vida tatua em nossa alma cada experiência, e que cada pessoa derrama em nós um pouco da sua essência. É nisso que eu confio. No perfume que eu derramei na gente. E que você também.
Conformada? Você sabe que não. E isso o assusta. Não tente disfarçar. Eu sei mais da sua vida do que você. Eu sou parte do seu futuro, pode aproveitar o seu agora. Ele não me interessa. Eu deixo pra ela. Parecida comigo, não? Obrigada. Mas não suporto comparações, odeio pior ou melhor, sou adepta do diferente. É mais saudável. Afinal, eu sou única, e a única que pode o surpreender de repente. Ainda não é hora.
Quer saber quem é ele? Ou melhor, quem é você? Ou ele? Desculpe-me, isso é necessário. Um dia eu conto a verdade. Só mais um gole. Foram tantos e eles nem conseguiram me fazer fugir. Você se lembra. E isso basta. Sabe por quê? Porque eu já estou aí dentro. Não importa o lugar ou quando. Eu já estou misturada a você. Não estou falando de pele. Deixo isso pra ela por enquanto. Falo de tudo, de vida, de espírito e sentimento. Eu estou em você.
Um pedido. Nunca se abandone. Você é muito para continuar fingindo. Seja de verdade, de carne, osso, pensamento e coração. Não toque a mediocridade. Não se importe com as dores, elas são suas amigas. Confie. Não olhe para trás. Minta para os seus medos. Aproveite as estrelas, elas podem ficar distantes um dia. E então faremos um filme.
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