Tuesday, February 26, 2008

Forma e conteúdo

Quanto vale o melhor conteúdo,
estando ele latente?

Quanto vale a forma mais persuasiva,
estando ela corrompida e infértil?

Qual a importância da habilidade
de comunicar conteúdos de forma eloqüente?
Essa é a melhor opção?

Ou seria mais honesto
proteger a sabedoria
do acesso inadvertido
de curiosidades hipócritas?

A essência não tem voz.
Mas permanece.

Tuesday, February 19, 2008

Pedaços

Relacionamentos + franqueza + ingenuidade = pedaços.

Enfim, a vida como deve ser

Posso ler Drummond, Neruda, Pessoa; assistir ao Almodóvar, ao Bertolucci, ao Jeunet; ouvir Sinatra, Cazuza, Chico; posso lambuzar-me com todos os sentimentos provocados pela arte. Mas eles serão insossos. Serão ínfimos e superficiais.

Sobrevivi e transbordei em esperança.

Não quero impedir que meus medos se expressem, quero enfrentá-los.

Não quero deixar de lhe dizer as angústias de uma amizade recente.

Não quero perder a naturalidade por causa da insegurança do amor.

Não quero ser mal compreendida pela honestidade ingênua.

Hoje é tudo que desejo.

É a única vitória; o único fracasso.

Recuperei a alegria de despertar.

Mas ainda preciso do seu olhar e da próxima oportunidade.

Os atrasos, os percalços... O desafio é a engrenagem, o que dá sabor.

Monday, February 11, 2008

Direções

Não sei bem o que escrever. Mas sinto que preciso. Meu corpo pede, determinado, para que eu liberte os pensamentos. Na última semana, estive na companhia de amigos extremamente queridos que, além de me deixarem mais feliz, ajudaram-me a refletir sobre as tantas mudanças pelas quais tenho passado. É estranho mudar. Ao mesmo tempo em que me olho no espelho e não me reconheço, tenho a inédita sensação de possuir um domínio saudável sobre as minhas vontades. Por mais que eu não as realize, tê-las esclarecidas é um alívio. E sempre me conforta o fato de ter recuperado minha liberdade de amar. Prezar por pessoas que me atraem facilita a atribuição de sentido à vida. Melhor ainda quando a admiração é mútua.

Quero baixar a guarda e permitir os sonhos, a nudez dos momentos.